segunda-feira, 19 de março de 2012

É possível se chegar a Deus pela Logosofia ?


A minha resposta consciente é: "Depende daquilo que você mesmo deseja que venha a ser "o seu deus"".

Nas páginas iniciais do seu livro "O Espírito", o autor e fundador da logosofia, o argentino Carlos Bernardo González Pecotchefaz, faz uma advertência, que torna tudo muito claro:

"Felizmente, são muitas as pessoas dispostas a exercer o direito inalienável de ser donas e senhoras de sua vontade, de sua inteligência e de sua sensibilidade; em poucas palavras, capazes de dispor de sua vida e de manter o próprio destino sob a dependência única e exclusiva de si mesmas."

Todos os que concebem um deus qualquer, concebem-no como sendo uma "fonte", da qual se consideram, espiritualmente, "ligados" e "dependentes". A proposta logosófica é simples: "Seja você o seu próprio deus! Não tenha outro deus a não ser o seu próprio "eu", aperfeiçoado"

Poderia existir grandes qualidades na ciência logosofia, se ela se soubesse se ater ao seu real poder objetivo enquanto ciência: "Ajudar os seres humanos, por meio de um processo de evolução consciente que conduz ao conhecimento de si mesmo, a atingir compreensão sobre os seus ESTADOS MENTAIS".

Só isso já seria de grande ajuda, por exemplo, para muitas pessoas que sofrem de distúrbios psíquicos e outros problemas, como por exemplo a doença da drogadicção. Eu juro que, eu mesmo abraçaria a causa logosófica, se ela se mantivesse ao nível do poder terapêutico sócio-comportamental humano, das suas ideias.

Todavia, ao querer ensejar levar o homem ao "conhecimento de Deus", ela consegue ser ainda mais fracassada do que o próprio gnosticismo antigo. Nisto, ela é profícua, apenas, em buscar manter o ser humano, exatamente no mesmo estado, que o mau, ao enganá-lo e faze-lo cair, o lançou há muitos milhares de anos atrás, dizendo: "Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal." Ge 3:5

Assim, por buscar destruir o conhecimento de Deus, a logosofia torna-se, tão somente, a "última moda", proveniente da "fonte" do mau, no milenar processo vem se desenrolando historicamente, de desafio a soberania do verdadeiro Deus, perpetrado desde o princípio, pela "fonte" do próprio mau.

Para o cristão, felizmente, a relação com seu Deus leva a uma especial dependência e obediência a Ele. Denota o reconhecimento da soberania universal desse Deus, bem como a expressão de fé no seu plano dEle nos resgatar da nossa situação de queda e degradação.

Já, enquanto proponente de um "estilo" de relação com Deus, o que a logosofia oferece é uma "feliz permanência" da humanidade naquele estado de queda! É a total falta de fé de que voltaremos a ser transformados à perfeição, pelo poder sobrenatural da salvação da parte de Deus. É, de fato, uma triste conformação com as coisas do mundo!

Observando, além da logosofia, outras inúmeras correntes de filosofia e de ciência distorcidas similares, as quais pretendem, todas igualmente, de modo inexorável, a destruição do conhecimento do verdadeiro Deus, eu passo a sentir na minha própria pele as palavras que Jesus, certa vez, pronunciou:

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" Mt 7: 13- 14.

Se você se considera algo suficiente para se tornar o seu próprio deus, então faça um ótimo proveito da logosofia. Já, quanto a mim, tenho decidido, de consciência própria, me tornar dependente de um Deus maior do que a mim mesmo.

Assim como afirmou Josué, eu reafirmo, de modo absolutamente consciente: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor." Js. 24:15

Este é o assunto que desenvolverei um pouco mais, aqui, nesta mesma postagem, nos próximos dias. Até mais!

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Este trabalho de André Luis Lenz, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
 
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