sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O mau, o pecado e a salvação da parte de Deus.

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Com naturalidade. existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra seu amor ao mundo, à humanidade, à sua criação, o tempo todo, porém, no que diz respeito a salvação, Ele demonstra também que, por questão de justiça, Ele não pode dá-la a quem se mantiver incontrito em pecado até o fim. Até que venha a perfeição, o fim de cada um de nós, seres humanos, é a sepultura e aqueles que descem a ela sem ter aceitado a graça da salvação, entristece grandemente o coração de Deus, pois é uma alma que se perde e Ele, por nos amar, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Deus odeia o pecado e tem o poder de por termo a ele a qualquer momento, quando Ele quiser, sim, mas por motivo de justiça, isso não poderá ser feito até que chegue o tempo que Ele mesmo designou, para que isso ocorra. Por isso, a nossa condição atual, é a de que, o pecado existe, é que, mesmo amando verdadeiramente ao pecador Ele não pode salvá-lo, sem que o próprio pecador assim o deseje.

Separar o pecado do pecador é fácil para Deus, porque Ele tudo pode, mas a condição estabelecida por Ele, por justiça, é a de que haja a opção do pecador para que assim seja. Devido a sua benignidade para conosco, ao longo da vida de qualquer ser humano, Deus colocará sempre, inúmeras ocasiões facilitadoras para isso, todavia, sempre, caberá a cada qual, a sua própria decisão de ser alcançado pela graça. Tais ocasiões são para nós, pontos de decisão, de nossa inteira responsabilidade, em que poderemos abraçar a sua salvação ou tropeçar.

Assim, acontece um fenômeno que pode parecer muito estranho, até fantástico mesmo, aos nossos olhos humanos: a de alguém poder passar pela vida cometendo apenas alguns “pequenos deslizes” e ter praticado um sem número de “belos atos de nobreza de espiritual”, mas, mesmo assim, terminar perdido, ao passo que, por outro lado, outro alguém passa já ter cometido “atos terríveis” mas, num dado momento, alcançou a graça da salvação, simplesmente por tê-la aceito.

Aquilo que coloquei entre parênteses no paragrafo anterior, são coisas que expressam o nosso julgamento humano e que, muito embora, tais questões só podem mesmo ser julgadas por Deus.

Obvio que estamos falando de uma aceitação verdadeira e com todas as implicações pois, tudo em Deus só pode ser verdadeiro, de modo que, aquele que aceitou, se rendeu e passou a entregar os seus passos e toda a sua esperança ao amor e a justiça de Deus. Já aquele que nos pareceu bondoso, mas que na verdade preservou o seu coração apenas para si próprio, não deu devida glória a Deus e mesmo parecendo ter amado ao próximo, não conheceu a Deus, por não amá-lo sobre todas as coisas. Portanto, não soube o que é ser salvo e já teve o seu galardão durante a sua vida.

É obvio, também, que aquele que é bondoso desde pequeno, mas que, além disso, reconhece o amor, a justiça e aceita a salvação da parte de Deus, desde a sua tenra idade, mesmo tendo nascido em imperfeição humana, como todos nós nascemos, este mais se aproxima daquilo que é perfeição para Deus e isso lhe é imputado por justiça e ele é, naturalmente, especialmente amado por Deus.

Já, aquele que desce a sepultura sem ter alcançado a graça da salvação, morre como que odiado por Deus, no sentido que o decepcionou-o completamente, por não ter aceitado a sua graça da salvação, não obstante as muitas oportunidades e ocasiões facilitadoras que Deus coloca ao longo de nossas vidas, para que reconheçamos nossa triste situação e o aceitemos como o nosso Senhor e Salvador. Deus espera que todo ser vivente com capacidade de discernimento escolha, por si próprio, ser salvo.

Assim, a salvação é uma via de mão dupla, na qual, por um lado, o resgate por “todos” já foi pago, e essa foi a parte devida por Deus à sua própria causa de justiça, todavia por outro lado, cabe a cada um de nós nos inserirmos, a nós mesmos, no grupo do “todos”. Este é o preço a ser pago, da nossa parte, e é bem simples, basta “desejar sinceramente” ser, e já o é. O mau alcançou a humanidade por que o ser humano deu crédito a ele, agora, pois, nós devemos algo da nossa parte, devemos dar crédito ao amor e a justiça de Deus, para desfazer todo poder do mau sobre nós.

Se o Espirito Santo de Deus irá me usar mais, ou irá me usar menos, após eu dizer “sim” à proposta de salvação de Deus, isso já é outra conversa, pois o Espírito age conforme aquilo o próprio Deus bem entender e Deus pode tudo, de modo que o Espirito de Deus, usa até mesmo o ímpio, o incontrito em pecado, até mesmo as bestas do campo, sempre, onde e como ele bem entende e deseja. O limite do agir de Deus reside tão somente na própria justiça dEle.

O fato é que, alguém que verdadeiramente aceitou a salvação da parte de Deus, de nodo natural, passa a se apartar do pecado e a se achegar ainda mais a Deus, de modo que a Deus, ninguém engana. Sua vida é transformada, que seja num repente, mas a atitude de achegar-se a Deus prosseguirá em ato contínuo, por toda a vida, pois é isso que significa perseverar até o fim. Ninguém que continua a viver neste mundo pode assegurar-se de ter a salvação garantida, pois o ser humano, vivendo neste mundo, é frequentemente pródigo em renegar as suas próprias conquistas e o mau sabendo disso, buscará, o tempo todo, fazê-lo cair.

O mau (o pecado) existe, simplesmente porque Deus considerou justa a petição que ele fez para sua própria existência. A maior vítima, aborrecida, pelo mau é o próprio Deus que passou a ter a sua soberania sobre toda a existência, questionada pelo mau, de modo que, todo ser humano que aceita a salvação, passa a ser um legitimador da soberania de Deus e todo aquele que não o é, infelizmente, corrobora com que ela seja indevida.

Essa é a questão central da necessidade da salvação para a humanidade. É o mau quem exige o direito de nos por a prova e, por justiça, a única maneira de aniquilá-lo é retirar-lhe todo o poder, por atribuí-lo a Deus. Todavia, existe um prazo para que isso seja feito. Para nós, humanos com capacidade de discernimento, o prazo é a duração da nossa própria vida individual e para Deus é o dia que Ele determinou, como sendo o dia em que Ele julgará o mau.

Deveras, o mau está condenado desde que ele surgiu, mas não espere que Deus irá eliminá-lo da humanidade até que chegue o dia determinado, e só Ele sabe quando será tal dia, mas cada ser humano é pleno senhor, para determinar o fim do poder do mau na sua própria vida, a partir do momento que se arrepende da sua própria condição humana pecaminosa e aceita ser salvo por Deus.

Todos nascemos em condição de pecado e a graça da salvação é extensível a todos, de modo que, infelizmente, mente quem diz, que há aqueles que Deus escolheu para amar e há aqueles que Deus escolheu para odiar. Qualquer um, que assim o desejar, pode ter aceso a salvação da parte de Deus, e isso, em si, já significa que Deus nos ama a todos que todos nascemos em pecado. O que, de fato, Deus odeia, é a vitória do pecado, a vitória do mau nas nossas vidas. O amor de Deus é mesmo, sempre, incondicional. O que Deus odeia, de fato, são as nossas atitudes, em dar suporte ao que é mau, mas Deus jamais odeia as nossas almas, jamais odeia ao próprio indivíduo humano vivente, sua criação. Deus odeia a nossa morte e o pecado que nos leva a ela.

Aquele que prega que Deus odeia o pecador, enquanto o pecador ainda é um ser humano vivente neste mundo, mente sobre o amor de Deus, e corre o risco de fazer tropeçar quem é pequeno, por desanimá-lo em desejar buscar a salvação da pate de Deus. Tristemente, este, sim, corrobora com o que é mau. Portanto, quem tem consciência de que é pecador, saiba, ainda, que enquanto houver vida, há esperança, todavia, saiba, também, que sua vida pode ser encerada a qualquer instante e que isso também entrou-nos por força do mau, porquanto fomos originalmente criados para viver eternamente.

A escolha de Deus pela nossa salvação já foi feita, para isso veio-nos dEle, Jesus, para atrair-nos a essa salvação. O plano foi posto em andamento e funcionou da forma como Jeová esperava: Jesus foi morto em perfeição humana e em perfeição humana ressuscitou. A partir do sacrifício e ressurreição resgatadora de Jesus, mais do que sempre, a salvação é algo individual para cada ser humano. É pela decisão da fé pessoal, de acreditar, de desejar e de perseverar até o fim, e que é acessível a todos e a qualquer um que deseje. Todo ser humano, só será legado ao que Deus odeia, se morrer sem aceitar isso, pois todo ser humano vivente é, verdadeiramente, amado de Deus. Sendo nós todos amados de Deus, aqueles que se permitem obter a salvação da parte dEle, ao fazê-lo reconhecem a sua soberania e passam ser eleitos para coisas ainda mais grandiosas.

Eu buscarei, sempre, dar uma chance a mim mesmo, uma chance que nada, nem ninguém, pode negar-me, a de procurar conhecer mais e mais ao meu Deus, pois a minha fé em Sua salvação, se desenvolve a partir do conhecimento e cada um de nós se encontra de pé, por um curto tempo limitado, pela misericórdia dEle, para essa finalidade maior. Qualquer um pode atingir isso e Deus sabe que podemos, caso contrário já nos teria eliminado, desde que conhecemos o mau.

Eu orarei, continuamente, ao Deus da minha salvação e não me permitirei cansar de esperar por resposta. Não me importa o quanto chegue a mim o gozo de eventuais escarnecedores, de qualquer espécie que seja, em me ver suplicando, gemendo e esperando. De certo, Deus ouve o justo, coisa que eu desejo muito para mim mesmo, mas sei, também, que não sou eu quem justifico a mim mesmo, então tenho fé que Ele ouvirá também o meu clamor de aflito, o meu espírito quebrantado e o meu coração contrito. Deus me ama e não há de me desprezar.

Essa é a minha parte no processo da minha salvação Deus - Humano, o meu coração esmigalhado, que eu, de boa, livre e espontânea vontade, entrego a Ele, àquele que é a parte Deus desse acordo, o cordeiro do sacrifício. Penso, sinceramente, que isso é sem complicações, tudo bastante simples, até.

Por isso, aquilo que eu tenho para mim, da parte do meu Deus, eu desejo também, de modo sincero, para cada um de vocês e um pouco mais ainda, para mim mesmo: graça e paz! Todavia, quem acreditar que eu esteja enganado, saiba que eu mantenho a minha mente aberta, para tudo aquilo que for correção, vinda da parte do Senhor!

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Este trabalho de André Luis Lenz, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
 
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