segunda-feira, 24 de maio de 2010

Expansão Emocional - PNL e o “Playback Theatre”




A PNL (Programação Neurolingüística) estuda a relação da neurologia com os modelos mentais de cada um. As nossas emoções estão relacionadas ao que cada um experimenta em sua própria mente, em função disso o cérebro age ou reage de maneira a disseminar determinado conjunto de emoções.

As técnicas de PNL nos possibilitam vislumbrar as chances que nós temos de modificar os nossos “mapas de mundo” para que, com isso, possamos controlar o impacto daquilo que acontece no mundo, fora de nós, possa ter sobre nós. A capacidade de manter os estados emocionais sob controle, de ter uma vida equilibrada mental e emocionalmente é o que nos assegura uma vida saudável.

Responda a ou b: a) Alguém me chateia? b) Eu me deixo chatear por alguém?

Certamente você respondeu "a" como verdadeiro. Mas, a resposta correta é "b". Alguém ou algo externo somente me chateia, somente pode mecher com minhas emoções, porque algo em mim permite isso. A partir do momento que eu passo a ter uma compreensão de como estes mecanismos ocorrem e que eu passo a conhecer a maneira como posso influenciá-los, de dentro para fora, eu consigo ter autonomia sobre meus estados emocionais e, conseqüentemente, definir o que pode e o que não pode alterar minhas emoções.

O “P” da palavra Programação equivale a APRENDIZADO; o “N” da palavra NEURO representa o sistema nervoso, incluindo os sentidos e o cérebro e o “L” da palavra LINGUÍSTICA é o resultado disso tudo em nós, ou seja, a LINGUAGEM NEUROSENSORIAL, ou seja, o nosso sistema de comunicação que nos permite enviar e receber mensagens, codificando e decodificando tais mensagens e interagindo com os outros.

Como uma pessoa sabe se está chateada ou alegre? Obviamente que é pela percepção de seus estados emocionais, as sensações que sente, interpreta e descreve como sendo uma coisa ou outra, chateação ou alegria.

A PNL é um conjunto de técnicas e processos que exploram os mecanismos naturais de nossa neurologia e, através do auto-entendimento desses mecanismos, permite que possamos fazer a ligação entre a mente o coração, entre a razão e a emoção, entre o material e espiritual, desenvolvendo assim um elevado nível de inteligência emocional e aumentando o nível de autonomia sobre nós mesmos, o que significa ter uma vida equilibrada todos os sentidos.

Ao meu modo de ver, todas as técnicas de PNL podem ser altamente prestativas na ajuda da recuperação e do crescimento humano, mas aqui vou falar de uma técnica em particular: O Playback Theatre.

Antigamente o conhecimento era transmitido quase exclusivamente de forma oral: muitos povos primitivos contavam histórias para ensinar, os índios principalmente faziam isso. Provavelmente você também tenha tido a oportunidade de crescer em contato com o aprendizado por meio de histórias. Histórias contadas, histórias lidas, em casa, na escola, histórias assistidas na televisão, no teatro, no cinema ou mesmo ao vivo. E esta foi umas de suas importantes formas de aprendizagem.

Com o passar do tempo muitas empresas perceberam o grande potencial existente no aprendizado através das histórias; é o momento em que começam a aparecer os “case studies”, as “learning organizations”, os contadores profissionais de histórias e daí por diante. E daí nasceu a idéia do denominado “Playback Theatre”, criado e desenvolvido por Jonathan Fox e sua mulher Jo Salas como uma competente técnica de PNL.

O Playback Theatre é, antes de tudo, teatro, mas é uma forma especial de teatro que recria a vida no palco e de improviso.

O diretor convida o público a contar sua história, estimulando e descontraindo todos os presentes à platéia, e de forma natural alguém acaba por oferecer-se voluntariamente ou acaba concordando com uma indicação dos demais presentes. Este será o narrador. Mas antes da narração vem uma entrevista, feita pelo diretor, com o narrador, à frente de todos, que serve para descontrair ainda mais os presentes, incluindo o próprio narrador e o elenco que, enquanto isso começa a se aquecer, ao mesmo tempo em que o diretor começa a busca de um enredo para que o elenco possa trabalhar. Estimulado pelo diretor, o narrador conta então uma história sua, uma experiência pessoal, algo que lhe tenha acontecido e que lhe tenha sido importante ou interessante.

Concomitantemente, os atores e músicos, num movimento interno e pouco perceptível à platéia, vão se preparando e se aquecendo para entrar em cena. Faz–se necessário incluir no aquecimento a apresentação do trabalho e do grupo, que é explicar às pessoas sobre o que é Playback Theatre, sensibilizando-as de que se trata de um ambiente seguro para contar suas histórias. O diretor deve destacar que as histórias reais de pessoas comuns merecem também um tratamento artístico e que são preciosas para serem compartilhadas em público. A música pode participar deste momento no intuito de estabelecer um clima aconchegante de cordialidade e respeito. A apresentação se encaixa bem, dividida em duas partes, uma parte no inicio, antes da definição do narrador, e outra parte após o narrador terminar a narração.

Para que a platéia comece a se integrar no processo do playback, o elenco faz uma série de três ou quatro Esculturas Fluídas, nome dado a uma das formas de interpretar as histórias narradas durante uma apresentação de Playback Theatre. Consiste em formações cênicas com som e movimento feitas pelos atores, com o intuito de representar respostas da platéia às questões feitas pelo diretor.

Geralmente as questões são a respeito de aspectos emocionais, por exemplo, como as pessoas estão se sentindo naquele momento. Então, são ditas palavras que representam este estado de ânimo, sensações e sentimentos. A resposta é voluntária e individual, embora todos sejam convidados a participar, em nenhum momento são pressionados a fazê–lo. O diretor pode solicitar mais destes sentimentos, no próprio aquecimento, ou para modificar o ritmo de uma apresentação que tenha sido extensa ou muito falada.

Orientado pelo diretor, o próprio narrador é quem escolhe, por fim qual será o ator vai fazer cada personagem em sua história, inclusive o ator que irá representar o seu próprio papel. Ao final da narração / apresentação / aquecimento, o diretor diz aos presentes "Vamos ver" e, em menos de 1 minuto, sem ensaios ou combinações prévias, o elenco entra em cena e transforma a história narrada em uma pequena peça de teatro.

O objetivo principal do Playback Theatre é amplificar a vida, através da arte, iluminando-a com os holofotes especiais da emoção, da melodia, da poesia, do texto encenado. Nesta amplificação, é buscado exaltar o que existe de aprendizado em cada história (a moral da história).

O princípio básico é de que podemos aprender uns com as histórias dos outros; com as experiências uns dos outros. É um teatro em que o público não sabe o que vai assistir e os atores não sabem o que vão interpretar e todos aprendem com isso.

Uma forma de vencer é encontrar a criança que há dentro de você e amá-la, pois, a nossa verdadeira evolução psico-emocional e social só pode começar dentro de nós mesmos. Carregue a criança que há em você pela sua própria mão e deixe-a sonhar, pois ela sabe que não há sonhos impossíveis, o que há, de fato, são sonhos dos quais desistimos, muitas vezes simplesmente por desconhecermos as ferramentas de como os racionalizamos, torná-los em planos e realizá-los.

Isso acaba por nos tornar em sonhadores desiludidos, muitas vezes até mesmo antes de sequer tentar. Tentar não significa, necessariamente, conseguir, mas todos que efetivamente conseguem, tentam, tentaram antes e possivelmente mais de uma vez. Nem mesmo os melhores craques do futebol acertam todas “de primeira", mas nem por isso deixam de tentar um improviso.

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Licença Creative Commons
Este trabalho de André Luis Lenz, foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
 
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